sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Carburador Solex H34 SEIE

Prezados,

Desde abril a Veraneio estava falhando o que tornou a circulação com ela quase impossível pela falta de confiabilidade.

Depois de ter trocado cabos de vela, pois um estava queimado e outro com a resistência muito elevada (Coloquei Bosch Premium), tampa do distribuidor (Olimpic), rotor do distribuidor (Bosch) e velas (Bosch Resistivas) o carro continuava falhando.

Resolvi desmontar o carburador e limpar, pois injetando a gasolina do tanquinho ele funciona. Não foi surpresa constatar que a cuba estava literalmente desmanchando pois o banho de níquel está soltando e fica entupindo os giclês a toda hora.

Para piorar o corpo principal sofreu um ataque corrosivo e está soltando os pedaços. Como quero converter logo para injeção eletrônica, independente de manter o L6 ou V8, não vou investir muito nisto, por isto comprei um recondicionado reniquelado, no Mercado Livre.

Instalei o "novo" carburador, mas não havia ficado contente com o resultado, estava com a marcha lenta irregular e falhando na transição entre o primeiro e o segundo estágio, além de o afogador não responder ao comando.

Pausa para respirar e pensar e aplicar a filosofia que adotei para mexer na Veraneio "Se começou a dar errado, pare, guarde tudo e quando se acalmar volta a mexer."

Depois de um mês e uma semana consegui mexer na Veraneio:

1 - Regulagem do carburador: Conseguir resolver a questão do afogador, bastou ajustar o cabo do afogador, estabilizou a marcha lenta, mas continua dando falha ao acionar o segundo estágio. Pelo que pesquisei deve ser o came da bomba de aceleração. Ainda a resolver.

2 - Testei todos os cilindros pelo método clássico, desconecta-se o cabo respectivo e observar a variação na rotação ou comportamento do motor. Todos funcionando corretamente mas acredito que esteja precisando de uma regulagem de válvulas.

3 - Agora estou estudando o processo de regulagem e tentando me animar para tirar o carburador de novo para checar a bomba de aceleração.

4 - A linha de vácuo do distribuidor estava ruim. As partes em borracha estavam ressecadas e isto está causando falhas no avanço. Num primeiro momento utilizei para refazer a linha de vácuo o que restou da substituição da linha de combustível - 6,0 mm ou 1/4" de diâmetro, só para testar e manter o carro funcional.

A linha de vácuo na configuração original é composta por três peças - uma conexão em U de borracha junto ao distribuidor, um tubo de metal que segue paralelo a linha de combustível e mais um pedaço de mangueira de 3,5 mm para fazer a conexão entre o tubo metálico e o carburador.

Quanto menos conexões, menor chance de perda de vácuo e mais precisão no ajuste do ponto e do avanço. Comprei a mangueira lonada de 3,5 mm da Gates. Adquiri 1,5 m por precaução, mas sobrou cerca de 30 cm.

Para deixar o motor mais organizado, prendi a linha de vácuo junto com a linha de combustível com tie-warp (ou abraçadeira de nylon ou enforca-gato ou fita Hellerman - A depender de onde você estiver lendo).

Ainda não está bom, não mexi no segundo estágio para resolver a questão da falta em alta.

Resumo:

Material:
1 - Um carburador recondicionado - Mercado Livre - http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-719991034-carburador-opalla-4cc-solex-h34-seie-niquelado-alcool--_JM
2 - Mangueira lonada de 3,5 mm da Gates, a R$ 4,90 o metro (Ref. Set./2016)

Ferramentas:
Chaves fixa ou combinada de 1/2", 9/16", 12/13 mm e 6/7 mm (cabo do afogador); alicate universal, faca para cortar as mangueiras, tie-warp preto, chave de fenda normal e de toco (para mexer no parafuso da marcha lenta) de corte.

Nível de adaptação: 0 - Original à 10 - Gambiarra total = 0 - 100% original.

PS. Apesar do anúncio dizer Opalla 4cc (SIC), o carburador recebido atende as especificações do motor de 6 cilindros.


*RTA - Recurso Técnico Alternativo ou Gambiarra ou Adaptação ou até onde sua imaginação levar e a coisa funcionar.
Desembalando o carburador recondicionado


Carburador já instalado

Linha de vácuo em mangueira lonada, lado do carburador

Linha de vácuo em mangueira lonada, lado do distribuidor

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A primeira descrição

Prezados,

Após anos de busca, finalmente comprei a minha GM Veraneio, na verdade, faz pouco mais de um ano que a comprei e ela chegou de São Paulo.

Ela é azul marinho, 1987, Ex-Furnas Centrais Elétricas, Motor 4,1l, câmbio 260F, ela passou por uma reforma parcial, mas que não foi finalizada.

Assim, ela está longe de atender aos padrões placa preta de conservação e aparência e tem diversas coisas para fazer, desfazer e refazer. É um project car para anos de desenvolvimento e uso.

Constava no velocímetro 9.447 km rodados, o que quer dizer que deve ter no mínimo uns 209.447 km ou 309.447 km. Não acredito que num carro de uso comercial tenha tão pouca quilometragem.

Andar num carro deste é uma verdadeira volta no tempo, tamanho, proporção, desempenho, dinâmica é completamente diferente de um carro com 50 anos de engenharia de desenvolvimento e quase trinta anos de uso.

E como toda relação longa em geral começa de forma atribulada, a Transportadora quebrou justamente a chave da ignição, o chaveiro não podia ir até o depósito e eu não podia ficar esperando, além da minha ansiedade em pôr as mãos no meu "brinquedo".

Peguei uns pedaços de fios velhos para fazer a conexão entre os fios soltos, fiz a ligação direta e parti rumo ao chaveiro onde, por conta da Transportadora, foi moldada uma nova chave.

A Zero-Um era mais "complexa", ela tinha botão de "partida digital", bastava fazer uma leve pressão com dedo sobre o cilindro de ignição, mesmo sem a chave, e girar o pulso que ela pegava. Ou então, usar uma chave de fenda ou uma chave qualquer que encaixasse no cilindro para fazê-lo girar. O meu pai sempre ficava possesso quando via a gente fazer isto.

Quem tem os modelos GM mais antigos sabe o como não são confiáveis os cilindros das portas e da ignição. A Zero-Dois neste ponto é muito mais evoluída, as chaves já são de serrilhado duplo e usa uma chave com cabeça plástica semelhante a do Monza.

Chave da Veraneio - Modelo antigo
Chave da Veraneio - Modelo novo

Um ponto ruim de carros antigos é que não havia a preocupação de adotar uma chave única para o carro todo, então são cinco chaves: Duas para as portas, uma para a ignição, uma para o porta-malas, uma para o tanque de combustível. Seriam seis se o porta-luvas tivesse com a chave.

No fundo, me diverti e senti saudades de quando era mais novo e passava horas cuidando dos carros do meu pai.

Estes são alguns serviços que já fiz:
Serviço
Estágio
Peças utilizadas
Trocar - Tampa do tanque
Finalizado
Tampa do tanque universal de trava
Trocar - Extintor
Finalizado
Extintor de incêndio classe ABC
Limpar - Volante de direção
Finalizado
Mr. Músculo - Cozinha Total
Trocar - Bateria
Finalizado
Bateria ACDelco 70Ah, requer adaptação no suporte

A tampa do tanque estava com a chave tão desgastada que não valia a pena fazer uma cópia, saiu mais barato comprar uma tampa plástica nova, até mesmo que já tenho planos para o bocal do tanque. O extintor, embora não seja mais necessário, é uma medida de segurança, pois carro velho, fios velhos com isolamento ressecado, mangueiras velhas e nada de seguro... Este pacote não costuma dar muito certo. Melhor ter um extintor para controlar um princípio de incêndio.

O volante estava imundo pois o ex-proprietário usava um volante anti-furto, coisa que não gosto por achar inseguro bem como feio. A bateria faleceu. Noutro post falarei sobre a necessidade de adaptação do suporte da bateria.

(Texto adaptado e estendido a partir de um comentário numa lista de discussão que participo)

(Fotos: Internet - Higienópolis / MercadoLivre)

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Luzes de LED no painel

Prezados,

Com o passar do tempo todas lâmpadas vão perdendo eficiência e não raro ficarem "pretas" pelo lado interno.

As lâmpadas principais (Faróis e lanternas) é visível a perda de desempenho, para estas há uma recomendação que sejam trocadas a cada dois ou três anos, agora então com a "Lei do Farol" a vida útil na eficiência máxima será ainda menor, pois se antes usava-se o farol por uma ou duas horas por dia, agora o tempo de utilização será praticamente dobrado.

Esta medida faz parte do pacote de Manutenção Preventiva, mas em geral, só é observado quando chega na Manutenção Corretiva, ou seja, quando queimam.

Já as luzes espia e de iluminação do painel, raramente são lembradas, até mesmo por não serem simples de serem trocadas e durarem, em sua maioria, toda a vida do carro.

Eu já tinha decidido fazer a substituição das lâmpadas do painel por outras novas, pela fraca iluminação dos instrumentos e pela relativa inoperância do reostato de ajuste da iluminação, que no fundo só serve mesmo para acionar a luz da cabine. 

Cheguei a comprar as lâmpadas novas, incandescentes, mas resolvi fazer um "up" para as lâmpadas em LED colorido.

Comprei no Aliexpress, meu fornecedor oficial, até agora sem problemas, tudo entregue embora o prazo seja longo (Culpa dos nossos Correios e Receita Federal).

Para o painel são necessárias:
- 4 lâmpadas BA9S - Iluminação geral (US$ 0,27 cada / Frete grátis)
- 1 lâmpada T9 - Luz do óleo 
- 4 lâmpadas T5 - Farol alto, seta, bateria e partida a frio (US$ 0,25 cada / Frete grátis)

No caso da minha Veraneio, o afogador é do Opala, com luz espia, então precisa de uma lâmpada T5.

Lampada T9 - "Pingão" 

Lâmpada T5 - "Pinginho" ou "Grão de arroz"

Lâmpada T5 LED - "Pinginho" ou "Grão de arroz"

Lâmpadas BA9S LED
O serviço é simples:
1 - Soltar o cabo da bateria para desativar a parte elétrica do carro;
2 - Soltar os 6 parafusos que prendem o quadro de instrumentos;
Quadro de instrumentos 
3 - Soltar o cabo do velocímetro desrosqueando a peça plástica;
4 - Soltar o painel das luzes espia, no centro do quadro;
5 - Soltar o conector branco;
6 - Com o quadro fora do carro, leve para a bancada para limpeza externa;
7 - Para limpeza interna use um pano seco e que não solte fiapos;
8 - Soltei os parafusos (1/4") que prendem os instrumentos (4 no velocímetro e 2 no termômetro e 2 no marcador de combustível);
9 - Aproveite para repintar os ponteiros dos instrumentos, use um pincel atômico vermelho;
10 - Remonte os instrumentos;
11- Troque as lâmpadas de iluminação - BA9S;
12 - Voltando ao carro, no painel de luzes espia troque as lâmpadas pelos LED, neste caso, testar pois se o LED estiver invertido ele não acende, logicamente que no meu caso todos estavam invertidos;

 
Detalhe do painel de luzes espia - Apagado / Aceso

13 - Encaixe o painel de luzes espia no quadro de instrumentos, reconecte o conector branco, não tem como errar pois ele só encaixa de uma forma, reconecte o cabo do velocímetro, encaixe o painel e parafuse de volta (sem apertar muito para não correr o risco de rachar o painel.

 
Detalhe do quado de instrumentos - Iluminado com LED vermelho e LED nas luz espia
Luz espia do afogador funcional.

No afogador é só girar o acabamento para o lado esquerdo, encaixar a nova lâmpada e rosquear o acabamento de volta.

Resultado: Bom, achei que a iluminação do velocímetro não ficou tão forte com desejava mesmo sem o controle do reostato. Os demais instrumentos ficou ótimo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

RTA - Bóia do tanque de partida à frio

Prezados,

A minha Veraneio é equipada com motor GM 250, movido a álcool. Motor à álcool antigo e clima frio ou em carro carburado que fica muito tempo parado é complicado de ligar.

Para facilitar a partida, as fábricas inventaram, e é usado em muitos modelos até hoje, um tanque de combustível suplementar -  o popular tanquinho - a ser abastecido com gasolina, localizado dentro do cofre do motor.

Confesso que um carro à álcool e carburado não era exatamente o meu desejo, mas pelo ano de fabricação e tecnologia empregada na Veraneio, é conformar-se por enquanto e mais a frente partir para a injeção eletrônica.

Observando o quadro de instrumentos extra que veio no "pacote aquisição", notei que há uma luz espia para indicar a falta de combustível no tanquinho. Se existe no painel vamos fazer funcionar.

Comecei a procurar na internet a boia original e não localizei em lugar nenhum. Teria que adaptar uma semelhante, e no caso, a melhor seria a do Fiat Uno. Procurei nas autopeças a do Uno e ninguém tinha, procurei nas Concessionárias Fiat e o preço algo como 150 reais. (Ref. Maio/2016)

Pensei em adaptar um tanquinho do Uno que tem boia e formas bastante semelhantes ao original, mas o preço não era muito convidativo, pois teria que comprar o tanquinho, a bomba, a tampa e bomba ou um usado de procedência duvidosa.

Conversando numa oficina consegui, pela modesta quantia de 10 reais, uma boia de reservatório de fluido de freio, segundo o dono, do Gol novo.


Então vamos ao procedimento do RTA*:


1 - Primeiro testar a fiação para ver se a luz espia funciona. No cofre do motor, notei que haviam dois contatos soltos perto do tanquinho. Fiz um "jumper" e liguei a ignição. A luz espia existe e funciona. Um problema a menos.


2 - Observando o tanquinho nota-se que são duas tampas, uma vermelha que é por onde é abastecido (e invariavelmente o frentista joga gasolina fora) e outro, amarelo tampado com uma borracha um indicativo claro que a boia havia sido eliminada.


3 - Tirei a tampa e o poço-guia


RTA Boia 1 - Poço-guia com a tampa original sem a borracha


4 - Desmontei a boia, tirando a tampa de borracha do contato elétrico, a arruela metálica, a borracha de vedação, cortei a haste no meio comprimento.

RTA Boia 2 - Conjunto da boia "explodido"  































   

 

RTA Boia 3 - A peça chave do processo - a haste de antena

5 - A parte mais trabalhosa, ajustar o diâmetro da boia ao poço-guia, notar que ele tem formato tronco-cônico, então o fundo é mais estreito, tem que fixar o mínimo possível e de forma homogênea para que a circunferência fique a mais perfeita possível e não trave no poço-guia. Aproveitei para aumentar um pouco os furos no fundo do poço-guia para a gasolina entrar mais fácil no poço.
 
RTA Boia 4 - "Adequando" o diâmetro da boia, serviço de paciência
 
6 - Adaptei a haste da antena com prolongamento da haste original. A haste é de latão cromado, fina, leve e tem o diâmetro ligeiramente superior ao da haste da boia, então para prender a haste de plástico da boia na haste da antena apertei ligeiramente com alicate e algumas gotas de Super-bonder.
 
RTA Boia 5 - Boia já instalada na haste da antena

7 - É importante testar se o novo conjunto de boia mais haste flutua corretamente, não travando em nenhum lugar do poço ou quando esgotada a gasolina. 

RTA Boia 6 - Testando a "flutuabilidade" da boia no poço guia
 
8 - Na base da tentativa e erro ajustei o comprimento da haste, o primeiro corte foi maior que o necessário para ajustar o ponto onde a boia quase tocasse o fundo do poço-guia e fechasse o circuito elétrico de forma que não perderia a haste até achar o ponto ideal. Lembrar de colocar o anel de borracha entre a tampa e aba do poço guia para a altura ficar correta.

9 - O ajuste é feito encaixando a haste plástica na haste de metal e testando até achar o ponto ideal, é coisa de milímetros de cada vez. Achando a altura ideal, apertei com alicate, apliquei Superbonder e apertei com alicate.

RTA Boia 7 - Aspecto do conjunto pré montado
 
9 - Para finalizar a montagem, basta colocar o conjunto - Tampa, anel de borracha e o poço guia - no tanquinho, fazer a ligação elétrica dos dois contatos, instalar a tampa de borracha que veda a arruela que faz o contato elétrico.

RTA Boia 8 - Conjunto montado no carro
 
10 - Resultado: Ótimo, nem parece RTA.

Resumo:
 
Material:
1 - Uma boia do reservatório de fluido de freio do Gol - R$ 10,00
2 - Uma haste de antena interna - Sucata
3 - Superbonder - Algumas gotas.

Ferramentas:
Alicate de corte, arco de serra, lixa e pote com água para testar o conjunto.

Nível de adaptação
0 - Original à 10 - Gambiarra total = Nota 2 - Nem parece adaptação.

*RTA - Recurso Técnico Alternativo ou Gambiarra ou Adaptação ou até onde sua imaginação levar e a coisa funcionar.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Parque de diversão


Prezados,
 
É neste lugar onde acalmo minha alma.

Um cara metido a mecânico, marceneiro, pintor, e biker.

As fotos teriam que ser 3D para dar noção do caos.

Aqui tem quase de tudo, de esmeril a retificador de solda, tupia a meia esquadria, Makita que virou serra de bancada, ferramenta boa e ferramenta ruim, tinta, massa plástica, madeira, peça de carro, peça de bike, galão de gasolina, cortadores de grama, caixa de sucata, barraca velha, garrafa vazia, mesa de bar e cadeira de ferro.

E todos os planos para que um dia isto fique organizado (Mentira, isto não vai acontecer nunca.)

Aqui dentro eu sinto a presença do meu velho, sentado na sua banqueta, com a bermuda rasgada e casaco da Olimpíada de Los Angeles 1984, quieto com toda a sua sabedoria.




Uma Veraneio Azul


Prezados,


Lá pelos anos 90, por meio de uma dessas mudanças do destino, veio parar uma GM Veraneio 1979 na nossa família. Ela se juntou a uma Ford F100 1978, laboratório de todas as peraltices de adolescentes e com o apoio velado do meu pai.

A F100 era "o carro" da família, motor 302 V8 do Maverick, câmbio longo, diferencial do Galaxy automático, num tempo onde não haviam radares pendurados em cada poste e toda sorte de irresponsabilidades.

Mas a Veraneio era pau para toda obra, transportava a família, material de construção, mudança e tudo mais que tivesse que ser feito, até viajar, um carro apaixonante que só quem andou numa sabe qual é a sensação que ela traz. 

Para quem não conhece, a GM Veraneio é prima-irmã da GM Suburban, um carro grande, imponente (por vezes impotente e quase sempre "poçante"), que impõe respeito com seu porte avantajado, agilidade e delicadeza de um elefante.

Essa aí é a Zero-Dois, mais conhecida entre meus colegas como "A Lenda". É um exemplar azul marinho, 1987, motor 4,1l - 250, câmbio Clark 260F - 4 marchas, diferencial curto, 95% original. Ela passou por uma reforma parcial não finalizada.

A Zero-Um, conhecida só como "A Veraneio". Era um exemplar azul claro, 1979. motor 4,3l - 261, câmbio M-14 de 3 marchas com acionamento na coluna, diferencial curto, 99% original. Ela só teve a forração dos bancos trocada pelo tecido do Gol GTi e um "tapa" no motor "poçante". Já a vi algumas vezes depois que foi vendida e teve seu motor substituído por um a diesel e o seu indefectível amassado no teto.

Neste blog vou relatar as aventuras e desventuras feitas em companhia desta criatura acima, foto soturna, a meia luz, que combina muito bem com a atividade mais conhecida realizada pelas suas irmãs - patrulhamento ostensivo ou "na campana" das nossas cidades.